Um passeio pelo campo, encontrei um gigante. Imaginem como eu a grandeza desta mangueira, quantas frutas, folhas, galhos e sombras em muitos e muitos anos.
Dona Tereza me falou: "estava condenada, morrendo, os galhos estavam comprometendo a segurança das pessoas".
Encostei meu ouvido na raiz sem vida. Sem vida? Engano. O tronco cochichou da saudade do tempo passado: do vento, da chuva, dos pássaros, das corujas, das crianças, do balanço de corda. Saudade das cantigas de roda cantadas e dançadas, e que encerravam num abraço musical. Talvez seja por isso que a árvore cresceu tanto, foicercada de muito amor.
Hoje está lá, no meio do gramado, sem os galhos, sem folhas, mas ainda imponente e com muitas historias para cochichar a quem tem tempo de ouvir com o coraçao.
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